Loser (conto)
14/3/2013, 11:00 pm
Aê, mais um treino, pessoal. Tentei fazer um conto, esse é meu primeiro, então deve estar péssimo. Mas de qualquer forma vou postar aí.
Sinopse: Acordei em um local que não imagino onde seja, minha cabeça dói, não consigo lembrar nem ao menos meu próprio nome. O que fazer? AS coisas só pioram quando me vejo dentro de um jogo totalmente mortal e sou obrigado a lutar contra loucos. Como vim parar nessa loucura? Tenho que descobrir antes que...
Sinopse: Acordei em um local que não imagino onde seja, minha cabeça dói, não consigo lembrar nem ao menos meu próprio nome. O que fazer? AS coisas só pioram quando me vejo dentro de um jogo totalmente mortal e sou obrigado a lutar contra loucos. Como vim parar nessa loucura? Tenho que descobrir antes que...
- Spoiler:
- Loser
“Ai meus olhos, ai minha cabeça. Onde estou? Que lugar é esse?”
Essas palavras martelavam minha cabeça quando eu acordei ao lado de uma piscina num quintal que eu nunca vira antes. Minha cabeça doía muito, eu tentei me levantar, mas inevitavelmente a tontura levava-me a tombar. Uma das vezes quase acabei por cair dentro da piscina que era grande, mas nada anormal. Então decidi deitar e refletir um
pouco, tentar me lembrar do motivo de eu estar lá.
Por mais que eu tentasse, não conseguia. Quanto mais forçava minha cabeça, mais me doía ela. Desisti de recompor a memória e tentei levantar-me mais uma vez. Esta tentativa foi bem sucedida, consegui me levantar com certa dificuldade, me apoiando em uma mesa de plástico, que tinha em si presa um guarda-sol.
Pus a mão na minha cabeça e descobri uma pequena ferida no topo. Então eu entendi. Fui sequestrado. Mas que tipo de sequestrador deixa seu refém jogado à beira de uma piscina? Nada fazia sentido. Se eu pudesse pelo menos lembrar meu próprio nome, ou... ou... telefonar para alguém. Naquele momento levei minha mão diretamente ao bolso de minha bermuda, que estava um pouco molhada devido a água que estava empoçada em torno da piscina.
Achei meu smartphone, ele estava desligado. Tentei liga-lo, mas um alarme acendeu na tela: “Bateria descarregada”. Desconsolado, guardei-o no fundo do meu bolso e prestei mais atenção ao meu redor, procurando respostas que tinha quase certeza de que não iria encontra-las.
Há alguns metros de onde eu estava havia uma casa, ainda dentro do quintal cercado por um muro. A casa tinha suas portas voltadas para mim, elas eram de vidro, e eu mal pude ver o interior mal iluminado da construção. O chão do quintal, com exceção do torno da piscina, era repleto por uma grama naturalmente verde.
Talvez lá, dentro da casa, eu encontrasse um telefone, ou alguém que pudesse me explicar o que está acontecendo.
E se as pessoas forem perigosas?
Não tive muito tempo para pensar no que fazer, porque através do vidro da porta eu pude ver algo se movimentando velozmente, passando por um corredor. A silhueta era de um humano. Meu coração disparou. O que eu faço?
Fui andando cautelosamente em direção a casa, e pude perceber que era possível contorna-la. Andei até a lateral e vi um enorme corredor que parecia infinito, formado pela parede da casa e do imenso muro que cercava todo o quintal. Voltei para frente da porta, respirei fundo, e com um pouco de esforço eu a empurrei fazendo-a correr, e assim abrir. Entrei. Diretamente apalpei a parede à procura do interruptor. Achei-o.
Agora com a sala iluminada, pude ver o que tinha lá: paredes, apenas. Eu acabara de entrar em um labirinto. Nas paredes tinham quadros, eu olhei todos eles daquela sala, que as únicas saídas que tinham era a qual entrei e outra que dava em um corredor. Observando os quadros percebi que, além da minha dor de cabeça ter voltado, havia um com palavras rabiscadas manuscritamente. E pendurada no quadro por um barbante, tinha uma faca.
“Jogo”, na primeira linha.
“Rodada de 3 participantes”, na segunda linha.
“Objetivo: sobreviva”, na terceira linha.
O que era aquilo? O que essas palavras no quadro querem dizer?
No momento que eu perguntava-me sobre aquelas frases, percebi, pela minha visão periférica, um vulto passar no fim do corredor, porém ao lado oposto de antes. Não hesitei em correr atrás dele. Sempre fui muito veloz com as pernas, então não foi muito difícil alcançá-lo. Corremos por alguns minutos até que ele parou, se virou e eu pude ver seu rosto. Ele tinha uma aparência desesperada, podiam-se ver as olheiras escuras que tomavam o rodapé de seus olhos. Trajava uma blusa social brande e uma gravata com o nó frouxo. Trajava também calça e sapatos sociais. Mas não foi só o rosto dele que eu percebi de incomum, ele também segurava uma faca. Suas mãos tremiam notavelmente empunhando-a.
Algo inusitado aconteceu. Quando ele fitou meus olhos, eu percebi que desceu-lhe uma certa calma. Então ele começou a falar, digo, gritar.
- Se afaste, saia daqui!
- Calmo. – tentei convencê-lo a se acalmar.
- Não me faça te perfurar com essa faca – ele parecia começar a entrar em desespero novamente.
- Eu só quero conversar.
- Eu não vou cair nessa! Eu vou sobreviver, eu tenho que sobreviver!
Antes mesmo de terminar de gritar, ele correu em minha direção com a faca. Não sei exatamente o que ocorreu naquela hora com o meu corpo, mas sei que de alguma forma eu me tive astúcia e agilidade o suficiente para me abaixar no canto e desviar dele.
O homem passou direto, parou e voltou para desferir outro golpe. Desta vez, eu não pude desviar, mas conseguir segurar a mão dele antes que a faca adentrasse meus órgãos. Lutei um pouco com ele, e durante a luta recebi um corte no pescoço. Nada muito grave a ponto que me impedisse acertar um chute no agressor.
O chute foi o suficiente para afastá-lo. Pus-me a correr pelo corredor, de volta, procurando a saída, mas parecia que eu tinha caído na armadilha do labirinto; já não sabia onde estava mais.
Corri, sem rumo, então parei para descansar. E, em menos de 3 segundos, vi outro vulto passar logo a minha frente. “Droga, ele me alcançou?!”, foi o que pensei. Comecei a correr de volta, e mudei meu percurso, então vi outro vulto.
- Droga, ele me cercou. Não importa para onde eu corra, ele consegue me alcançar. – disse, eu a mim mesmo. – Mas se eu pensar bem, o vulto que vi há alguns minutos era um pouco mais alto e magro...
Foi então quando ouvi barulhos de passos vindos trás, quando me virei, era ele, e já estava muito próximo, com a faca a poucos metros do meu corpo. Mas meu reflexo não falhou, consegui desviar e desferi um golpe nas pernas dele, fazendo-o cair. O que eu não esperava é que ele caísse sobre a faca. Esta perfurou suas entranhas e eu pude ver litros de sangue dispersar-se pelo chão. Logo tive ânsia, me segurei para não vomitar, e ocorreu uma tontura. Com aquela cena a náusea só aumentava, eu não podia olhar para aquilo. Mas...
A culpa foi minha? A culpa foi minha.
Eu o matei. Eu fiz aquele homem morrer. Eu...
Não pude completar meus pensamentos, senti um grande aperto que partia das costas até o peito. Quando olhei, pude ver uma lâmina suja de vermelho, meu sangue, atravessando-me. A dor era imensa, mas eu não a sentia exatamente, e isso não me impediu de grunhir. Minhas pernas tornaram-se insustentáveis e eu despenquei até o chão.
Caí de costas, o que fez com que a faca adentrasse ainda mais. Agora sim eu tinha certeza que estava sentindo dor, mas nem grunhir mais eu conseguia. Meus olhos se fechavam sem se fecharem; mesmo com as pálpebras abertas eu começava a ver certa escuridão.
Eu estava morrendo?
Sim, estava.
Tudo por causa deste “jogo” infeliz, que nele não pude viver o suficiente para saber o motivo. Minha visão foi-se escurecendo mais e mais, e um frio aterrorizante tomou o meu corpo. Isso é a morte? Gélida e escura. Eu podia sentir a morte, mas além de tudo, eu podia vê-la também a minha frente. Ela tinha traços femininos e mantinha um sorriso extremamente maldoso.
Ela agachou-se até que seu rosto ficasse bem próximo ao meu. Eu não podia sentir o calor do seu hálito, eu estava totalmente anestesiado. Perdia cada vez mais rápido os meus sentidos. E, nos últimos segundos dos meus suspiros, já com a visão totalmente apagada, eu pude ouvir a sua voz que arranhou minha alma.
- Nona partida vencida. Felicito-te por ser minha décima oitava vítima.
É verdade. Era um jogo. E eu perdi.
Ainda pude ouvir um trecho de sua gargalhada, e também a senti me debruçando e retirando a faca de mim. Depois disso eu a única coisa que pude ouvir foi... Nada. Porque mortos não ouvem.
- konorAdministrador
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Re: Loser (conto)
15/3/2013, 11:20 pm
Pow man,parece q o cara morreu mesmo '-',tera continuasao?
O formato de texto parece com o de um ligth novel,man,gostei da sua historia,vou esperrar mais comentarios para avaliar man
O formato de texto parece com o de um ligth novel,man,gostei da sua historia,vou esperrar mais comentarios para avaliar man
Re: Loser (conto)
15/3/2013, 11:50 pm
lol, sério? Gostou?! Vlw
É que eu fiz no intuito de ser o conto, daí esse formato. E como é um conto, foi curto e já com fim fechado.
Até.
É que eu fiz no intuito de ser o conto, daí esse formato. E como é um conto, foi curto e já com fim fechado.
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- Yuu }i{Usuário Nível 1
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Re: Loser (conto)
16/3/2013, 1:32 pm
Omedetou gozaimasu
Gostei! =)
Re: Loser (conto)
16/3/2013, 2:10 pm
Domo Lilly
edit____
Driogaaaa agora que eu percebi. Eu tinha escrito mais coisa no final, mas parece que não salvei e perdi Vou tentar relembrar e edito o post
Pronto, editei. Não lembro se pus isso exatamente, mas foi mais ou menos.
edit____
Pronto, editei. Não lembro se pus isso exatamente, mas foi mais ou menos.
- konorAdministrador
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Re: Loser (conto)
17/3/2013, 3:49 am
Man,agora sim,nao tem oq reclamar da sua historia,nota S cara,gostei muito dessa sua historia,os detalhes e tudo mais,ficou muito bom mesmo
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